Poucos escritores foram tão celebrados nos últimos anos dentro da própria família quanto Eduardo Mendes. Apesar de uma carreira que poderia ser descrita como “relativamente curta” (se é que isso é possível quando a produção de um autor se limita a algumas dezenas de histórias que jamais chegaram a ser escritas), Eduardo conseguiu deixar um legado gigantesco… dentro da sua cabeça.
Exímio leitor, com um carinho especial por contos e pela forma breve, Eduardo Mendes é também um ávido apreciador de ficção científica e da literatura latina.
Metódico, preguiçoso e obsessivamente preocupado com a forma da sua escrita, Eduardo é um escritor tão à frente de seu tempo que, até hoje, ainda está tentando decidir se vai começar a escrever algo relevante. Sua obra mais aclamada é o conto “O Homem Sem Palavras“, vencedor do prêmio Jabuticaba Literária. Seu estilo é uma cópia dos seus escritores favoritos, com muita referência e nenhuma originalidade
Nascido em São Paulo em 1981, Eduardo não se formou em nada que fosse digno de nota, nem trabalhou em lugares que fizessem sua mãe se orgulhar. Seu maior feito até agora? Talvez ser o autor mais não publicado da sua geração.
“Eduardo Mendes escreve com a mesma precisão com que um gato rasga um livro na estante. É um mestre da confusão, sempre nos levando a acreditar que estamos em um labirinto de ideias quando, na verdade, estamos apenas vagando pelo corredor sem portas que é sua cabeça.
Jorge Luis Borges
Ao contrário de muitos escritores que se preocupam em criar algo inteligível, Eduardo prefere criar uma narrativa onde, provavelmente, nem ele próprio sabe para onde está a ir. Se gosta de perder tempo a tentar perceber se há algum sentido no caos, não procure mais. Ele é o guia perfeito para o abismo da incerteza literária.
José Saramago
Eduardo Mendes não está tentando criar uma realidade alternativa; ele já vive nela. Se você acha que sua vida é estranha, espere até mergulhar na cabeça de Eduardo. Ele escreve como se a realidade fosse apenas uma sugestão, e sua principal habilidade é fazer você questionar se a loucura dele está de alguma forma conectada com a nossa. Spoiler: não está
Philp K Dick
